Campanha da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho prega respeito e inclusão no Carnaval 19/02/2020 - 17:00

“No Paraná, todo mundo brinca. Mas com respeito!”. Este é o tema da campanha que está sendo lançada pelo secretário da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost, para conscientizar todos os paranaenses sobre a importância de um Carnaval inclusivo e mais protegido para crianças, adolescentes, mulheres, pessoas com deficiência e idosos. “A operação Carnaval Protegido vai contar com apoio da Força-Tarefa Infância Segura, em parceria com a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Científica e Conselho Tutelar na conscientização e prevenção de crimes e violências contra crianças e adolescentes e no combate à exploração sexual infantil”, explica o secretário.

Serão distribuídas pulseiras plásticas para identificação das crianças. E para ajudar a população a identificar e denunciar situações de negligência, abuso, abandono, discriminação e violência, serão distribuídos cartazes e folhetos explicativos de como ajudar as vítimas a procurar apoio, acionando o telefone Disque Denúncia 181 do governo Ratinho Junior. “A população será informada, por exemplo, que a venda ou o fornecimento de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos é crime, com pena de detenção de 2 a 4 anos”, informa o delegado federal, chefe do Departamento de Justiça e coordenador da Força-Tarefa Infância Segura, Felipe Hayashi.
 
A campanha ressalta, ainda, que importunação sexual é crime com pena de 1 a 5 anos de prisão. E lembra que idosos precisam de cuidados mesmo durante o carnaval. “O abandono, apropriação de bens, violência física ou psicológica são crimes com pena de seis meses a 3 anos de prisão”, lembra Hayashi.

Curitiba - As ações da Força-Tarefa Infância Segura em Curitiba vão se concentrar eventos de sábado (22/02) e domingo (23/02) na área central da cidade. No sábado, a operação estará presente no 1º Carnaval Nerd, Geek e Cosplay, a partir das 13h30, com concentração na praça Santos Andrade, no baile infantil na rua Marechal Deodoro, às 15 horas, e, a partir das 17h30min, no desfile de blocos carnavalescos e escolas de samba, também na Marechal. “Vamos estar baseados próximos à Travessa da Lapa, apoiando o Tribunal de Justiça na fiscalização de crianças que desfilam e que, por exigência da lei, precisam apresentar alvará de liberação”, explicou Hayashi.

No domingo, a operação Carnaval Seguro estará na marcha Zombie Walk, a partir das 13 horas na Boca Maldita, até as 18 horas com a festa na Santos Andrade. E, à noite, na rua Marechal Deodoro, que será palco de desfiles de blocos e  escolas de samba.

Litoral - A Secretaria de Justiça, Família e Trabalho estará promovendo ações de conscientização também no litoral paranaense. A primeira será na Ilha do Mel, nesta quinta-feira (20/02), com distribuição de folhetos, cartazes e pulseiras para identificação de crianças, para evitar que se percam de pais e responsáveis. Na sexta-feira (21), a partir das 9 horas, a operação estará concentrada nos balneários de Pontal do Sul, Shangri-lá, Ipanema, Santa Etienne e Praia de Leste. E no sábado (22), em Guaratuba e Matinhos, finalizando a ação na Matimbanda.

 

 

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Secretaria alerta sobre tráfico de pessoas no carnaval

A Secretaria da Justiça Família e Trabalho, por meio do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Departamento de Promoção e Defesa dos Direitos Fundamentais e Cidadania (Dedif), faz um alerta quanto à necessidade de cuidados especiais para prevenir o crime de tráfico de pessoas durante o carnaval. A proposta de trabalho fácil e enganoso com alta remuneração é comum durante esse período quando existe maior circulação de pessoas, segundo a coordenadora do Núcleo, Sílvia Xavier. No Paraná, o Núcleo tem como principal função a prevenção, articulação e planejamento das ações para o enfrentamento ao tráfico de pessoas na esfera Estadual.

“É preciso que a população fique atenta, pois o tráfico de pessoas é um crime velado e ainda invisível, porém mais perto do que imaginamos”, ressalta a coordenadora, acrescentando que “este crime revela que o tráfico humano é uma das atividades mais lucrativas do mundo e que o mercado se expandiu consideravelmente no século XXI, pois, na busca por melhores condições de vida, pessoas são aliciadas e seduzidas por criminosos que oferecem empregos com alta remuneração”.

Esses “agentes”, reitera Sílvia, atuam em escala municipal, regional, nacional e internacional, privando a liberdade de indivíduos, que têm o sonho de um “futuro melhor” covardemente roubado.

Estatística - O número de vítimas em todo o mundo chega a 2,5 milhões por ano e movimenta US$ 32 bilhões. Desse valor, 86% provêm da exploração sexual de mulheres e meninas, e 58% das aliciadoras são do sexo feminino de diversas idades, segundo informações da ONU. Os dados da ONU revelam, ainda, que  mulheres jovens, na faixa etária de 18 a 21 anos, solteiras e com baixa escolaridade são o alvo principal das redes de aliciamento que operam no Brasil nesta época do ano. Muitos aliciadores são empresários que atuam em diferentes negócios, como casas de espetáculos, comércio, agências de encontros, bares, agências de turismo, salões de beleza.

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